Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/7734
Autor(a): Brito, Marlon Santos de Oliveira
Orientador: Osório, Neila Barbosa
Título: Itinerários Formativos na Academia: A Educação com Pessoas Idosas na Universidade da Maturidade na Amazônia
Palavras-chave: Universidade da Maturidade na Amazônia; Educação ao longo da vida; Práticas Educativas; Saberes Tradicionais; University of Maturity in the Amazon; Lifelong Education; Educational Practices; Intergenerational Education.ais; Educação Intergeracional;
Data do documento: 10-Jun-2025
Citação: BRITO, Marlon Santos de Oliveira. Itinerários Formativos na Academia: A Educação com Pessoas Idosas na Universidade da Maturidade na Amazônia. 2025. 156f. Tese (Doutorado em Educação na Amazônia) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-graduação em Educação na Amazônia, Palmas, 2025
Resumo: Esta tese descreve vivências na Universidade da Maturidade (UMA), localizada na Amazônia, como uma proposta inovadora de educação com pessoas idosas no contexto acadêmico. Parte-se da compreensão de que o envelhecimento não deve ser encarado como um processo de exclusão social, mas como uma fase potencial de desenvolvimento humano, aprendizado contínuo e participação ativa na sociedade. Assim, o objetivo central da pesquisa é compreender como os itinerários formativos oferecidos pela UMA contribuem para a formação de pessoas idosas e de que maneira dialogam com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade que historicamente acolhe sujeitos em processos de escolarização tardia ou retomada dos estudos, incluindo pessoas idosas. A abordagem qualitativa, com ênfase na Fenomenologia, permite acessar as experiências vividas e os significados atribuídos pelos sujeitos aos processos formativos que vivenciam; utiliza-se da entrevista semiestruturada, diários de campo, observações participantes e análises documentais, considerando o contexto histórico, social e cultural inserido. O trabalho é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação na Amazônia e ao Grupo Interdisciplinar para Pesquisa e Estudos em Educação Intergeracional, no compromisso com a produção de conhecimento voltado à promoção da Educação na Região Norte do Brasil. A partir da análise dos dados, constata-se que os itinerários formativos desenvolvidos pela UMA vão além da simples oferta de atividades educativas; eles constituem-se em processos formativos estruturados, pautados na valorização dos saberes prévios, na construção coletiva do conhecimento e na promoção de experiências intergeracionais que favorecem o fortalecimento da identidade, da autonomia e do protagonismo social das pessoas idosas. As práticas formativas desenvolvidas envolvem múltiplas dimensões, como cultura, saúde, cidadania, tecnologia, meio ambiente e lazer, possibilitando a ressignificação da velhice como tempo de aprender, ensinar e transformar. O estudo revela que os projetos extensionistas universitários, quando organizados no formato de itinerários formativos intencionais e sistemáticos, contribuem de forma significativa para o desenvolvimento de competências cognitivas e relacionais das pessoas idosas. Além disso, fomentam espaços de diálogo entre gerações, favorecendo a construção de redes de apoio e a superação de estigmas associados ao envelhecimento. Outro achado relevante diz respeito às concepções que reconhecem a centralidade da experiência, da escuta sensível e do respeito aos ritmos e trajetórias de vida dos sujeitos, alinhando-se às diretrizes da Educação ao Longo da Vida e dos marcos legais que asseguram o direito à educação para todas as pessoas, independentemente da idade. A tese defende que a consolidação de espaços educativos como a UMA representa um avanço significativo na luta pela efetivação dos direitos educacionais. Também aponta para a necessidade de formulação e implementação de políticas públicas que reconheçam o envelhecimento como uma fase ativa, produtiva e socialmente relevante, bem como a importância da universidade como agente promotor de inclusão, cidadania e transformação social. Conclui-se que a UMA se afirma como um território pedagógico singular e potente, capaz de ressignificar as trajetórias de vida de seus participantes, ao transformar o envelhecimento em oportunidade de construção coletiva de saberes, fortalecimento da autoestima, exercício da cidadania e convivência intergeracional.
Abstract: This thesis describes experiences at the University of Maturity (UMA), located in the Amazon, as an innovative proposal for education aimed at the elderly in the academic context. It is based on the understanding that aging should not be seen as a process of social exclusion, but as a potential phase of human development, continuous learning and active participation in society. Thus, the main objective of the research is to understand how the educational itineraries offered by UMA contribute to the education of elderly people and how they interact with Youth and Adult Education (EJA), a modality that historically welcomes individuals in processes of late schooling or resuming studies, including elderly people. The qualitative approach, with an emphasis on Phenomenology, allows access to the lived experiences and the meanings attributed by the subjects to the formative processes they undergo; it uses semi-structured interviews, field diaries, participant observations and documentary analysis, considering the historical, social and cultural context in which they are inserted. The work is linked to the Postgraduate Program in Education in the Amazon and the Interdisciplinary Group for Research and Studies in Intergenerational Education, in the commitment to the production of knowledge aimed at promoting Education in the Northern Region of Brazil. Based on the analysis of the data, it is clear that the formative itineraries developed by UMA go beyond the simple provision of educational activities; they constitute structured formative processes, based on the appreciation of prior knowledge, the collective construction of knowledge and the promotion of intergenerational experiences that favor the strengthening of the identity, autonomy and social protagonism of the elderly. The educational practices developed involve multiple dimensions, such as culture, health, citizenship, technology, environment and leisure, enabling the redefinition of old age as a time to learn, teach and transform. The study reveals that university extension projects, when organized as intentional and systematic educational itineraries, contribute significantly to the development of cognitive, socio-emotional and relational skills in older people. In addition, they foster spaces for dialogue between generations, favoring the construction of support networks and overcoming stigmas associated with aging. Another relevant finding concerns the concepts that recognize the centrality of experience, sensitive listening and respect for the rhythms and life trajectories of individuals, aligning with the guidelines of Lifelong Education and the legal frameworks that ensure the right to education for all people, regardless of age. The thesis argues that the consolidation of educational spaces such as UMA represents a significant advance in the fight for the realization of educational rights. It also points to the need to formulate and implement public policies that recognize aging as an active, productive, and socially relevant phase, as well as the importance of the university as an agent that promotes inclusion, citizenship, and social transformation. It is concluded that UMA asserts itself as a unique and powerful pedagogical territory, capable of redefining the life trajectories of its participants, by transforming aging into an opportunity for the collective construction of knowledge, strengthening self-esteem, exercising citizenship, and intergenerational coexistence
URI: http://hdl.handle.net/11612/7734
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