Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/3855
Autor(a): Silva, Flávia de Jesus
Orientador: Soares, Paulo Sérgio Gomes
Título: Um estudo introdutório sobre a repressão em Freud e Marcuse
Palavras-chave: Filosofia Política;Psicanálise;Teoria Crítica;Repressão;Introjeção
Data do documento: 2022
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Citação: Silva, Flávia De Jesus. Um estudo introdutório sobre a repressão em Freud e mMarcus. 31f. Monografia (Graduação). Curso de Licenciatura em Filosofia. Universidade Federal do Tocantins. Palmas, 2022.
Resumo: Historicamente, a repressão é um acontecimento que favoreceu o processo civilizatório, embora constitua um trauma para o ser humano, que acontece desde o nascimentoaté a morte. A ideia fundamental explorada neste Trabalho de Conclusão de Curso é fazer um breve estudo sobre a repressão com o objetivo de relacionar os pensamentos de Freud e Marcusepara compreender como o corpo social reprime os instintos para, em tese, promover a ordem social e o bem-estar comum, mas contraditoriamente gerando a insatisfação no campo sexual, um mal estar que precisa ser sublimado e que encontra na promessa de felicidade das sociedadescapitalistas uma forma de contenção pela introjeção das determinações sociais. A repressão é um conceito freudiano e a introjeção da ordem dominante nas sociedades capitalistas, conformeMarcuse, faz-se por meio da repressão de valores condizentes com a cultura do consumo. O desempenho social é alinhado ao desempenho erótico, pois os indivíduos obedientes às normas sociais podem ser recompensados, ao contrário dos que colocam os impulsos sexuais acima dasnormas sociais e sofrem mais repressão em função das ações que ferem as normas sociais. Nessa perspectiva, o trabalho é tido como algo essencialmente estratégico nas sociedades capitalistas, no sentido de tornar o indivíduo socialmente produtivo e apto a reproduzir os interesses do mercado e renunciar aos interesses de classe, apegado às ilusões de que vai receber em troca osbenefícios sociais e financeiros. Como diz Marcuse, trata-se da troca da liberdade pelo conforto,que não se concretiza para a maioria dos trabalhadores que renunciaram aos instintos. Tendo com clareza o princípio de realidade é incumbido por delimitar os estímulos do id, tornando O indivíduo socialmente adaptado e/ou dominado reproduz a sua existência em estreita relação com a reprodução do sistema capitalista de produção e consumo e sua sociabilidade responde ao que determina o sistema, já que a alienação, gerada pela substituição dos instintos pelas atividades econômicas produtivas, causam uma falsa sensação de satisfação. O TCC discute essas questões, procurando trazer à tona as contradições geradas pelo sistema capitalista, apontando como a repressão tem um papel fundamental para a reprodução social. A Teoria Crítica da sociedade do filósofo frankfurtiano Herbert Marcuse ganha relevo a partir da psicanálise freudiana e sua teoria da repressão. Destacando que o ser humano acaba sendo alienado na sociedade industrial e a repressão ela vem como libido acompanhado de um aperfeiçoamento da força de trabalho feliz, pela composição das falsas necessidades e sociedades afluentes. É nítido que as organizações têm sua parte essencial e repressiva peranteesse sistema.
Abstract: Historically, repression is an event that favored the civilizing process, although it constitutes a trauma for the human being, which happens from birth to death. The fundamental idea explored in this Course Completion Work is to make a brief study on repression in order to relate the thoughts of Freud and Marcuse to understand how the social body represses the instincts to, in theory, promote social order and the good. -being common, but contradictorily generating dissatisfaction in the sexual field, a malaise that needs to be sublimated and that finds in the promise of happiness of capitalist societies a form of containment by the introjectionof social determinations. Repression is a Freudian concept and the introjection of the dominant order in capitalist societies, according to Marcuse, is done through the repression of values consistent with the culture of consumption. Social performance is aligned with erotic performance, as individuals who are obedient to social norms can be rewarded, unlike those who place sexual impulses above social norms and suffer more repression due to actions that violate social norms. In this perspective, work is seen as something essentially strategic in capitalist societies, in the sense of making the individual socially productive and able to reproduce the interests of the market and renounce class interests, attached to the illusion that he will receive social benefits in exchange. and financial. As Marcuse says, it is about the exchange of freedom for comfort, which does not materialize for most workers who have renounced their instincts. Having clearly the reality principle, he is responsible for delimiting the stimuli of the id, making the socially adapted and/or dominated individual reproduce his existence in close relation with the reproduction of the capitalist system of production and consumption and his sociability responds to what determines the system, since the alienation, generated by the substitution of instincts for productive economic activities, causes a false senseof satisfaction. The TCC discusses these issues, seeking to bring to light the contradictions generated by the capitalist system, pointing out how repression plays a fundamental role in social reproduction. The Critical Theory of Society by the Frankfurtian philosopher Herbert Marcuse gains importance from Freudian psychoanalysis and his theory of repression. Emphasizing that the human being ends up being alienated in industrial society and repression comes as a libido accompanied by an improvement of the happy workforce, by the compositionof false needs and affluent societies. It is clear that organizations have their essential and repressive part in this system.
URI: http://hdl.handle.net/11612/3855
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