Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/7206
Autor(a): Andrade, Geovana de Souza
Orientador: Torati, Lucas Simon
Título: Inclusão de Spirulina sp. (Arthospira) na alimentação de Arapaima gigas (Schinz, 1822): Efeitos na maturação gonadal
Palavras-chave: Pirarucu;Reprodução;Ovócitos;Microalga
Data do documento: 29-Nov-2024
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Citação: ANDRADE, Geovana de Souza. Inclusão de Spirulina sp. (Arthospira) na alimentação de Arapaima gigas (Schinz, 1822): Efeitos na maturação gonadal. 2023. 40 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Tocantins, Porto Nacional, 2023
Resumo: O pirarucu Arapaima gigas é um osteoglossídeo amazônico ameaçado que atrai enorme interesse na aquicultura. Entretanto, sua reprodução em cativeiro não ocorre de maneira controlada. Não havendo alevinos suficientes para sustentar sua cadeia produtiva, ainda hoje são capturados na natureza intensificando sua ameaça ecológica. Este trabalho objetivou avaliar o efeito da alimentação de casais de pirarucu com Spirulina sp. no desenvolvimento ovariano das fêmeas e na reprodução dos casais. Para isso, seis casais de pirarucu alocados em seis viveiros escavados foram estudados. Por um período de 41 dias, três casais (n=3) foram alimentados com bolotas contendo 9,3% de Spirulina sp, e três casais (n=3) foram alimentados com bolotas feitas de ração (grupo controle). Amostras de biópsias ovarianas foram coletadas antes e depois do período alimentar. As amostras de ovócitos obtidas foram medidas (diâmetro médio e volume), classificadas quanto ao padrão de coloração, e classificadas em estágio de desenvolvimento (vitelogênese e maturação final) para avaliação do desenvolvimento entre os grupos. Amostras em maturação final (2mm de diâmetro) foram processadas por histologia básica para avaliação do seu índice lipídico (%). Como resultados, observou-se que de forma geral os ovócitos das fêmeas tratadas com Spirulina sp. não tiveram diferença significas em relação ao grupo controle (teste t, P>0,05). Não houve crescimento diferencial significativo no diâmetro e nem numérico quando comparadas as populações de ovócitos vitelogênicos e nem de maturação final entre os grupos tratado e controle (teste t, P<0,05). Observou-se que os ovócitos em maturação final das fêmeas alimentadas com Spirulina sp. tiveram um significativo incremento na coloração esverdeada (Qui-quadrado, P<0,05). Ainda, o índice lipídico das fêmeas alimentadas com Spirulina sp. (14.9%, n=2 fêmeas) foi maior do que o encontrado para fêmeas do grupo controle (12%, n=2 fêmeas). Apesar de nenhum dos casais terem tido reproduções ou desovas observadas, os resultados obtidos em conjunto sugerem que a alimentação de reprodutores de A. gigas com Spirulina sp. favoreça a fase de maturação final com possível incremento no conteúdo lipídico. Esses resultados contribuem para o desenvolvimento de protocolos alimentares de reprodutores da espécie objetivando o controle da sua reprodução em cativeiro.
Abstract: The pirarucu Arapaima gigas is an endangered Amazonian osteoglossid that has attracted enormous interest in aquaculture. However, its reproduction in captivity is not yet controlled. Since there are not enough fingerlings to support its production chain, fingerlings are still captured in nature, intensifying the species ecological threat. This work aimed to evaluate the effect of feeding pirarucu couples with Spirulina sp. in the ovarian development of females and couple reproductions. For this, six pairs of pirarucu isolated in six earth ponds were studied. For a period of 41 days, three couples (n=3) were fed with “big pellets” containing 9.3% Spirulina sp. T, and three couples (n=3) were fed acorns made from feed, and were used as control group. Ovarian biopsy samples were collected before and after the feeding period. The oocyte samples obtained were measured (average diameter and volume), classified according to the colour pattern, and classified in stage of development (vitellogenesis and final maturation) for evaluation of growth (development) between groups. Samples in final maturation (2mm in diameter) were processed by basic histology to evaluate their lipid index (%). As a result, it was observed that, in general, oocytes from females treated with Spirulina sp. did not differ significant from the control group (t test, P>0.05). There was no significant difference in diameter or numerical growth when comparing the populations of vitellogenic or final maturation oocytes between treated and control groups (t test, P<0.05). However, there was a difference in the number of oocytes in the vitellogenic vitellogenesis phase for the treated group, and between the treated group and oocytes in final maturation for the control group (Chi-square, P<0.05). It was observed that the oocytes in final maturation of the females fed with Spirulina sp. had a significant increase in greenish coloration (Chi-square, P<0.05). Still, the lipid index of females fed Spirulina sp. (14.9%, n=2 females) was higher than that found for females in the control group (12%, n=2 females). Although none of the pairs had observed reproductions or natural spawning, the results obtained together indicate that the feeding of A. gigas couples with Spirulina sp. favours the final maturation phase of oocytes with a possible increase in lipid content. These results contribute to the development of feeding protocols for breeders of the species, aiming to control their reproduction in captivity.
URI: http://hdl.handle.net/11612/7206
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