Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/11612/5490
Authors: Muniz, Simara de Sousa
metadata.dc.contributor.advisor: Albuquerque, Francisco Edviges
Title: Bilinguismo indígena:
Keywords: Apinayé;Krahô;Bilinguismo;Bilinguismo indígena;Línguas em situação de uso;Apinaye;Bilingualism;Indigenous bilingualism;Languages and usage situation.
Issue Date: 31-Jul-2023
Citation: MUNIZ, Simara de Sousa. Bilinguismo indígena: as línguas em situação de uso nos domínios sociais apinayé e krahô. 2022. 257 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pós-Graduação em Letras Ensino de Língua e Literatura, Universidade Federal do Tocantins, Araguaína, 2023.
metadata.dc.description.resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre Bilinguismo Indígena1 , considerando as línguas em situação de uso, nos domínios sociais Apinayé2 e Krahô, povos indígenas que habitam no norte do estado do Tocantins, falantes de língua homônima pertencente ao Tronco Macro Jê e Família Linguística Jê. A população dos Apinayé é de 3.009 pessoas distribuídas por 53 aldeias, e dos Krahô de 3.848 pessoas distribuídas por 55 aldeias (DSEI, 2022). O objetivo foi identificar e analisar os tipos e as dimensões do bilinguismo das comunidades Apinayé, aldeia São José, e Krahô, Manoel Alves Pequeno, a partir de estudos etnográficos, sociolinguísticos e etnossociolinugísticos. A pesquisa é qualitativa e tem como base os estudos de Günther (2006) e Vasconcelos (2009). É uma etnografia participante, colaborativa e crítica a partir das teorias de Ezpeleta e Rockwell (1989), Erickson (1984) e Tomas (1993). Os dados foram coletados no Laboratório de Línguas Indígenas (LALI/UFNT) a partir de estudos realizados por Severina Alves de Almeida realizado na aldeia Apinayé São José: Etnossociolinguística e Letramentos: Contribuições para um Currículo Bilíngue e Intercultural Indígena Apinayé (2015), e nos Krahô pelas pesquisadoras Marta Virgínia de Araújo Batista Abreu (2012) que estudou a Situação Sociolinguística dos Krahô e Marcilene de Assis Alves Araújo (2015) que realizou um estudo muito importante sobre os Eventos de Interação nos Rituais Krahô (Jê), identificando suas Contribuições para o Ensino Bilíngue na Aldeia Manoel Alves Pequeno. A frente teórica é ampla e reúne categorias como; Educação Indígena; Educação Indígena Bilíngue e Intercultural; Bilinguismo; Bilinguismo Indígena; Povos Indígenas do Brasil e do Tocantins; Etnolinguística; Sociolinguística; Etnografia da Comunicação; Letramento, Contato Linguístico; Línguas Indígenas do Brasil; Identidade Linguística e Étnica, dentre outras. A fundamentação teórica está ancorada nos trabalhos clássicos de Malinowski (1978); Nimuendajú (1983); Da Matta (1975); Maher (2007); Rodrigues (1988, 2002, 2013), Erickson (1984; 1988), Ezpeleta & Rockwell (1989), Thomas (1993). Além desses, recorremos a publicações mais atuais, por exemplo, André (2004), Bortoni-Ricardo, (2005); Sousa (2006), Macedo (2006), Beaud & Weber (2007), Vasconcelos (2009), Van Dijk (2001; 2012), Street (2007, 2014), Harmers e Blanc (2000), Rojo (2009), Albuquerque (2007), Almeida (2015), dentre outros autores. Os resultados foram analisados à luz da Etnossociolinguística e seu arcabouço epistemológico, quando identificamos cinco dimensões de bilinguismo: por competência relativa; idade de aquisição; presença ou não de indivíduos falantes da L2 no ambiente em questão e os status das duas línguas, denominados de bilinguismo dominante, infantil, adolescente e adulto, endógeno, subtrativo, bicultural e intercultural. Ou seja, o bilinguismo das comunidades indígenas Apinayé da aldeia São José e Krahô de Manoel Alves Pequeno é Individual e Social e se caracteriza por sua multidimensionalidade, é também um bilinguismo infantil consecutivo. Nesse sentido, a pesquisa contribui com os estudos linguísticos referentes ao Bilinguismo em sociedades indígenas, gerando visibilidade aos mais de 300 povos que habitam no Brasil.
Abstract: This work presents a study on Indigenous Bilingualism, considering the languages in use, in the Apinayé and Krahô social domains, indigenous peoples who live in the north of the state of Tocantins, speakers of the homonymous language belonging to the Macro Jê trunk and the Jê Linguistic Family. The Apinayé population is 3,009 people spread over 53 villages, and the Krahô population is 3,848 people spread over 55 villages (DSEI, 2022). The objective was to identify and analyze the types and dimensions of bilingualism in the Apinayé, village São José, and Krahô, Manoel Alves Pequeno communities, based on ethnographic, sociolinguistic and ethnosociolinguistic studies. The research is qualitative and is based on studies by Günther (2006) and Vasconcelos (2009). It is a participatory, collaborative and critical ethnography based on the theories of Ezpeleta and Rockwell (1989), Erickson (1984) and Tomas (1993). Data were collected at the Laboratory of Indigenous Languages (LALI/UFNT) from studies carried out by Severina Alves de Almeida carried out in the Apinayé São José village: Ethnossociolinguistics and Literacy: Contributions to an Apinayé Indigenous Bilingual and Intercultural Curriculum (2015), and in the Krahô by researchers Marta Virginia de Araújo Batista Abreu (2012) who studied the Sociolinguistic Situation of the Krahô and Marcilene de Assis Alves Araújo (2015) who carried out a very important study on the Interaction Events in Krahô (Jê) Rituals, identifying their Contributions to Bilingual Education in Manoel Alves Pequeno Village. The theoretical front is broad and includes categories such as; Indigenous Education; Bilingual and Intercultural Indigenous Education; Bilingualism; Indigenous Bilingualism; Indigenous Peoples of Brazil and Tocantins; Ethnolinguistics; Sociolinguistics; Ethnography of Communication; Literacy, Language Contact; Indigenous Languages of Brazil; Linguistic and Ethnic Identity, among others. The theoretical foundation is anchored in the classic works of Malinowski (1978); Nimuendaju (1983); Da Matta (1975); Maher (2007); Rodrigues (1988, 2002, 2013), Erickson (1984; 1988), Ezpeleta & Rockwell (1989), Thomas (1993). In addition to these, we resort to more current publications, for example, André (2004), Bortoni-Ricardo, (2005); Sousa (2006), Macedo (2006), Beaud & Weber (2007), Vasconcelos (2009), Van Dijk (2001; 2012), Street (2007, 2014), Harmers and Blanc (2000), Rojo (2009), Albuquerque (2007), Almeida (2015), among other authors. The results were analyzed in the light of Ethnossociolinguistics and its epistemological framework, when we identified five dimensions of bilingualism: by relative competence; acquisition age; presence or not of L2-speaking individuals in the environment in question and the status of the two languages, called dominant, child, adolescent and adult, endogenous, subtractive, bicultural and intercultural bilingualism. In other words, the bilingualism of the Apinayé indigenous communities of the São José and Krahô villages of Manoel Alves Pequeno is Individual and Social and is characterized by its multidimensionality, it is also a consecutive child bilingualism. In this sense, the research contributes to the linguistic studies related to Bilingualism in indigenous societies, generating visibility for the more than 300 peoples who live in Brazil.
URI: http://hdl.handle.net/11612/5490
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