Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/5349
Autor(a): Ferreira, Ericsson Rubens Rodrigues
Orientador: Mariano, Wagner dos Santos
Título: Efeitos combinados de microplásticos e Glifosato nas brânquias de Tilápia(Oreochromis niloticus).
Palavras-chave: Histopatologia; Ecotoxicidade; Morfofisiologia; Teleósteo.
Data do documento: 2022
Citação: FERREIRA, Ericsson Rubens Rodrigues. Efeitos combinados de microplásticos e Glifosato nas brânquias de Tilápia(Oreochromis niloticus). 2022.47f. Dissertação – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-graduação em Sanidade animal e Saúde pública nos trópicos, Araguaína, 2022.
Resumo: Os microplásticos estão se tornando os contaminantes mais comuns em todos os ambientes aquáticos, ocasionando efeitos ecotoxicológicos e por vezes deletérios em organismos aquáticos. Do mesmo modo, o herbicida glifosato vem sendo amplamente utilizado no combate às ervas daninhas que crescem em torno das produções agrícolas. É sabido que ambos os contaminantes podem estar disponíveis no ambiente aquático e podem se associar causando efeitos combinados. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos subletais da associação de micropartículas plásticas de polietileno e glifosato, em brânquias de tilápia (Oreochromis niloticus), utilizando diferentes biomarcadores de toxicidade. O bioensaio de toxicidade foi realizado de modo agudo (96 h), no qual os animais foram aleatoriamente divididos em quatro grupos (n=10), sendo um controle (GC), um com 5 mg L-1 de microplástico de polietileno (GMP); outro com 5 mg L-1 de glifosato (GG) e um com ambos contaminantes associados (GA), nas mesmas concentrações dos grupos isolados. Após exposição, foi coletado amostra de sangue, via punção caudal, para biomarcadores fisiológicos e, em seguida, os animais foram eutanasiados, para remoção das brânquias. Sub-amostras de brânquias foram utilizadas para os biomarcadores histopatológicos, enzimáticos e osmorregulatórios. Houve um aumento da hemoglobina corpuscular média no GA em relação ao controle e ao GPM, evidenciando um estresse fisiológico que indica hipercromia. Em GMP houve trombocitose, sugerindo um processo inflamatório. Tais processos podem estar relacionados às alterações histopatológicas encontradas em brânquias, das quais demonstram alterações circulatórias no GG, hipertrofia e proliferação de células ricas em mitocôndrias (CRMs) no GG e GA, além de rupturas epiteliais em todos os grupos expostos. Tais achados fisiopatológicos não comprometeram o funcionamento do órgão, entretanto, os biomarcadores osmorregulatórios demonstraram que houve um desequilíbrio osmo-iônico, no qual foi ajustado pelo animal com a proliferação de CRMs ao final de 96 h de exposição. As concentrações subletais deste estudo, facilmente presentes no ambiente aquático, não são letais aos peixes, entretanto, indicam indução de estresse e necessidade de ajustes fisiológicos para que os organismos estejam em homeostasia. As brânquias de O. niloticus são sensíveis às alterações ambientais e respondem, de modo integrado, aos efeitos combinados de múltiplos xenobióticos no ecossistema.
Abstract: Microplastics are becoming the most common contaminants in all aquatic environments, causing ecotoxicological and sometimes deleterious effects on aquatic organisms. Likewise, the herbicide glyphosate has been widely used to combat weeds that grow around agricultural production. It is known that both contaminants can be available in the aquatic environment and can associate causing combined effects. The aim of this work was to evaluate the sublethal effects of the association of plastic microparticles of polyethylene and glyphosate on tilapia (Oreochromis niloticus) gills, using different toxicity biomarkers. The bioassay was performed acutely (96 h), in which the animals were randomly divided into aquariums, with a control (CG) and the others containing 5 mg L-1 of polyethylene microplastic (MPG); 5 mg L-1 of glyphosate (GG) and one with both associated contaminants (AG), at the same concentrations as the isolated groups. After exposure, a blood sample was collected via caudal puncture, for physiological biomarkers and then the animals were euthanized to remove the gills. Gill samples were used for histopathological, enzymatic and osmoregulatory biomarkers. There was an increase in mean corpuscular hemoglobin in AG compared to control and MPG, evidencing a physiological stress that indicates hyperchromia. In MPG there was thrombocytosis, suggesting an inflammatory process. Such processes may be related to the histopathological alterations found in gills, which demonstrate circulatory alterations in the GG, hypertrophy and proliferation of mitochondria-rich cells (MRCs) in the GG and AG, in addition to epithelial ruptures in all exposed groups. Such pathophysiological findings did not compromise the functioning of the organ, however, the osmoregulatory biomarkers showed that there was an osmo-ionic imbalance, which was adjusted by the animal with the proliferation of MRCs at the end of 96 h of exposure. The sublethal concentrations of this study, easily present in the aquatic environment, are not lethal to fish, however, they indicate stress induction and the need for physiological adjustments so that the organisms are in homeostasis. The gills of O. niloticus are sensitive to environmental changes and respond, in an integrated way, to the combined effects of multiple xenobiotics in the ecosystem.
URI: http://hdl.handle.net/11612/5349
Aparece nas coleções:Mestrado em Sanidade Animal e Saúde Pública nos Trópicos

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