Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/3660
Autor(a): Schulz, Ari Armando
Orientador: Marón, José Ramiro Lamadrid
Título: Cotidiano e modo de vida dos reassentados do Canela,em Palmas-TO, 15 anos após o deslocamento compulsório
Palavras-chave: Modo de Vida; Comunidade Canela; Ribeirinho; Rio Tocantins; Way of Life; Community Canela; Riverside; Tocantins River
Data do documento: 19-Mai-2016
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb
Citação: SCHULZ, Ari Armando. Cotidiano e modo de vida dos reassentados do Canela, em Palmas-TO, 15 anos após o deslocamento compulsório. 2016. 134f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente, Palmas, 2016.
Resumo: O foco deste estudo foram os antigos moradores do povoado Canela, que ficava localizado a margem direita do Rio Tocantins, em Palmas-TO. Esta comunidade, com a formação do reservatório da usina hidrelétrica do Lajeado, em 2001, foi reassentada na zona urbana de Palmas, mais precisamente na Quadra 508 Norte. Através de um estudo de caso esta dissertação buscou analisar a dinâmica recente de construção e reconstrução do cotidiano e modo de vida de comunidades tradicionais, através do estudo do deslocamento de uma comunidade, a do Canela, originalmente ribeirinho. Tal povoado, reassentado em novo contexto urbano – a cidade de Palmas –, reinventa, reconstrói e luta pela preservação de características que assegurem a sua identidade de comunidade. Um modo de vida construído ao longo de um século e meio e que identificava este povoado como uma comunidade ribeirinha é bruscamente interrompido pela formação do reservatório da UHE, inundando as terras onde esta população vivia. Este fato levou a uma série de reivindicações desta comunidade, tanto em relação às suas condições materiais de existência, quanto em relação ao que ela acredita ser a reestruturação do seu modo de vida e da sua identidade. Após 15 anos do reassentamento, percebeu-se que muitas foram as perdas e que muitas reivindicações até hoje não foram atendidas. A comunidade ribeirinha é hoje um grupo de pessoas que se vê “engolido” pela vida urbana, sem ter sido preparado para enfrentar os desafios que este novo modo de vida exige. Saudade, insatisfação, falta de perspectivas para o futuro são os sentimentos que mais são perceptíveis na comunidade estudada. Isto confirma a complexidade e profundidade dos impactos causados pelos grandes empreendimentos, tudo em nome das necessidades demandadas pelo “desenvolvimento” e pelo “progresso”.
Abstract: The focus of this study were the ancient Canela’s villagers, located on the right bank of the Rio Tocantins, Palmas - TO. The community, with the formation of the reservoir of the hydroelectric plant of Lajeado, in 2001, was resettled in the urban area of Palmas, more precisely in the Quadra 508 north. This paper is an effort in the quest for understanding the recent dynamics of construction and reconstruction of the daily way of life, and community tradition through the study of a town’s relocation, a town shuttle, originally riverside. Such village, resettled in new urban context - the city of Palmas -, reinvents, rebuild and fight for the preservation of features that ensure your community identity. The daily way of life built over a century and a half and the village’s identity as a riverine community is suddenly interrupt by the formation of HPP reservoir, flooding the lands where this people lived. This event led to a number of claims of this community, related to their welfare, as well as what they believe to be the restructuring of its way of life and identity. After 15 years of resettlement, they noticed that many of their losses and claims were not take care off. The riverside community is today a group of people who see themselves "swallowed" and forced to merge into the urban life, without being prepared to face the challenges that this new way of life would demand. Longing, dissatisfaction, lack of prospect for the future are the feelings that are more noticeable in the studied community. This confirms the complexity and depth of the impacts of large projects, all in the name of needs demands for “development” and “progress”.
URI: http://hdl.handle.net/11612/3660
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