Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/3163
Autor(a): Duarte, Helenita Rabelo
Orientador: Silva, Elias da
Título: As representações da paisagem do Rio Tocantins no âmbito do território, cultura e identidade sob o imaginário da população em Filadélfia – TO
Palavras-chave: Representação; Paisagem; Rio Tocantins; Filadélfia-TO; Representation; Landscape; Tocantins River
Data do documento: 26-Fev-2021
Citação: DUARTE, Helenita Rabelo. As representações da paisagem do Rio Tocantins no âmbito do território, cultura e identidade sob o imaginário da população em Filadélfia – TO.2021. 162f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Cultura e Território) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura e Território, Araguaína, 2021.
Resumo: Esta dissertação aborda as representações da população de Filadélfia referente à paisagem do rio Tocantins, ente significativo do processo socioterritorial local, no contexto de formação do lago da Hidrelétrica de Estreito/MA. O presente trabalho traz consigo uma abordagem interdisciplinar, na perspectiva de Olga Pombo, no esforço de mobilização da tríade Território, Cultura e Identidade, na perspectiva da paisagem cultural, buscando responder nossas indagações inerentes à nova realidade social filadelfiense: na percepção da sociedade local atual, até que ponto os impactos sofridos estão levando-a a readaptação ao novo local misturando lembranças e perspectivas e provocando novas reações, percepções, mas também resistência? Para responder às indagações, dialogamos com Rogério Haesbaert acerca do processo de (des)territorialização; com Marcos Aurélio Saquet, sobretudo a respeito das novas abordagens de território, paisagem e representação; com Stuart Hall na perspectiva de cultura, identidade e representação; com Denis Cosgrove e Milton Santos por uma leitura da paisagem cultural; com Michael Pollak, em relação a como as memórias subterrâneas invadem o espaço público; com Pinheiro Neto, no tocante à leitura da paisagem na Literatura; e com Yi-Fu Tuan, no que se refere a cultura, experiência e atitudes ambientais e o sentimento topofílico pelo local. A metodologia consistiu no trabalho com entrevistas, por meio das narrativas orais de História de vida dos participantes da pesquisa, em acordo com os apontamentos de Alessandro Portelli, na arte da escuta e nas anotações em diário de campo, segundo as orientações de observação por Stéphane Beaud e Florence Weber. Dos resultados alcançados, as narrativas historiográficas revelam que o povoamento às margens do rio Tocantins foi impulsionado pelas descobertas das minas de ouro, as quais deram origem aos arraias na região de Goiás, e pela navegação interiorana (antigo norte goiano). Quanto à formação territorial de Filadélfia, aponta-se que a paisagem histórica desse município faz referência à (trans)formação da paisagem desse rio a partir do século XVIII. E as representações descritas nas narrativas proferidas pelos participantes da pesquisa evidenciaram que a população filadelfiense não está se adaptando à nova realidade de atingidos com a implantação da referida usina, pois o sentimento de perdas envolve sua configuração social, atrelado às lembranças do tempo em que o ciclo natural do rio Tocantins a comandava, levando os moradores a perceber que a ineficiência das políticas públicas locais desarticula o desenvolvimento territorial. Em razão disso, buscam preservar a memória local por meio das lembranças subterrâneas descritas em forma de poesia crítica, histórias de vida passadas de pai para filho por meio da oralidade.
Abstract: This dissertation addresses the representations of Filadélfia‟s population regarding the landscape of the Tocantins River, a significant part of the local socio-territorial process, in the context of the formation of the Estreito / MA Hydroelectric Lake. The present work is anchored in a interdisciplinary approach, from Olga Pombo's perspective, in the effort to mobilize the triad Territory, Culture and Identity, in the perspective of the cultural landscape, trying to answer our questions inherent to the new social reality of Filadélfia‟s people: in the perception of the current local society , to what extent are the impacts suffered are taking Filadélfia‟s society to readaptation to the new place mixing memories and perspectives and provoking new reactions, perceptions, but also resistance? To answer the questions, we dialogue with Rogério Haesbaert about the process of (de) territorialization; with Marcos Aurélio Saquet, especially regarding the new approaches of territory, landscape and representation; with Stuart Hall from the perspective of culture, identity and representation; with Denis Cosgrove and Milton Santos for a reading of the cultural landscape; with Michael Pollak, in relation to how underground memories invade public space; with Pinheiro Neto, regarding the reading of the landscape in Literature; and with Yi-Fu Tuan, regarding culture, experience and environmental attitudes and the topophilic feeling for the place. The methodology consisted of working with interviews, through the oral narratives of the life history of the research participants, in accordance with the notes of Alessandro Portelli, in the art of listening and in the notes in the field diary, according to the observation guidelines by Stéphane Beaud and Florence Weber. From the results achieved, historiographical narratives reveal that the settlement on the banks of the Tocantins River was driven by the discoveries of the gold mines, which originated to the rays in the region of Goiás, and by inland navigation (old north of Goiás). As for the territorial formation of Filadélfia, it is pointed out that the historic landscape of this municipality makes reference to the (trans) formation of the landscape of this river from the 18th century. And the representations described in the narratives given by the research participants showed that the Filadélfia‟s population is not adapting to the new reality of the implantation of the referred plant, since the feeling of loss involves their social configuration, linked to the memories of the time which the natural cycle of the Tocantins River commanded it, leading residents to understand that the inefficiency of local public policies disrupts the territorial development. As a result, they seek to preserve local memory through underground memories described in the critical poetry, last life story from father to son through orality.
URI: http://hdl.handle.net/11612/3163
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