Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/11612/2455
Autor(a): | Souza, Cláudia Gomes Pacheco de |
Orientador: | Seibert, Carla Simone |
Título: | Eventos de vida produtores de estresse, fatores ambientais e inatividade física como determinantes no adoecimento dos servidores públicos do Instituto Federal do Tocantins – IFTO |
Palavras-chave: | Ambiente; Saúde; Servidor público; Afastamento do trabalho; Environment; Health; Public servant; Workleave |
Data do documento: | 27-Mar-2020 |
Editor: | Universidade Federal do Tocantins |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente - Ciamb |
Citação: | SOUZA, Cláudia Gomes Pacheco de. Eventos de vida produtores de estresse, fatores ambientais e inatividade física como determinantes no adoecimento dos servidores públicos do Instituto Federal do Tocantins – IFTO. 2020. 129f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente, Palmas, 2020. |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo relacionar os afastamentos funcionais com os eventos de vida produtores de estresse (EVPE) dos servidores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que se afastaram por motivo de doença entre os anos de 2011 a 2017. A amostra foi composta por professores e técnicos administrativos em educação (TAE’s) de todos os campi do IFTO (n= 197), juntos utilizaram um total de (n=446) afastamentos. Entre os professores houve predominância do sexo masculino (54%), média de idade de 40.6 anos e desvio padrão (DP) de 6.98 anos, a maioria possui mestrado (40%) e são casados (69%). Os TAE’s, a maior parte, são do sexo feminino (68%), possuem média de idade de 37.5 anos e DP de 7.73 anos, majoritariamente com especialização (58%) e casados (64%). Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos: Questionário sociodemográfico, ocupacional e de fatores regionais, que avalia desde o sexo, idade, grau de escolaridade dos participantes até o ano em que necessitaram de afastamento médico e se fatores ambientais característicos do estado, como umidade relativa do ar, temperatura, queimadas, influenciaram no seu afastamento; Escala de Reajustamento Social, que analisa os estressores externos, ou seja, os EVPE que os servidores estavam vivenciando no momento da licença médica; e, Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), que classifica o respondente entre sedentário e suficientemente ativo, além disso, foi incluído neste questionário uma questão que aborda o índice de massa corporal (IMC) dos respondentes, que os classifica em baixo peso, peso adequado, sobrepeso e obesidade, segundo a classificação preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os resultados revelaram, na correlação de Pearson (r) e regressão linear (r2 ), correlações positivas e com forte dependência entre afastamentos e as seguintes variáveis: quanto aos EVPE, cada categoria foi avaliada separadamente, os resultados revelaram que os professores e TAE’s apresentaram uma relação muito forte nas seguintes categorias: dificuldades pessoais, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,99, r2 =0,98); família, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,96, r2 =0,92); trabalho, (r=0,99, r2 =0,98) e (r=0,95, r2 =0,90), respectivamente; em relação aos fatores ambientais os professores apresentaram uma correlação muito forte (r=0,99, r2 =0,98) e os TAE’s uma relação forte (r=0,93, r2 =0,86); o nível de atividade física apresentada pelos servidores participantes da pesquisa e os afastamentos realizados apresentaram uma relação muito forte (r=0,98, r2 =0,96) tanto para os professores quanto para os TAE’s; a relação entre afastamentos e sobrepeso/obesidade também apresentou uma correlação muito forte (r=0,99, r 2 =0,98) para os professores e para os TAE’s (r=0,98, r2 =0,96). Conforme dados da literatura e as correlações realizadas neste estudo, os EVPE, os fatores regionais próprios do estado do Tocantins e a inatividade física podem contribuir para o desenvolvimento de doenças e são fatores que necessitam de um olhar especial por parte do poder público, medidas preventivas devem ser tomadas visando à totalidade do indivíduo e não somente o ambiente de trabalho, como abordado, atualmente, por muitas pesquisas e programas de qualidade de vida no trabalho (QVT). |
Abstract: | This study aimed to relate the functional leave with the stress-producing life events (SPLE) of the employees of the Federal Institute of Tocantins (FITO), who left due to illness between the years 2011 to 2017.The sample consisted of teachers and administrative technicians in education (ATEs) from all IFTO campuses (n = 197), together they used a total of (n = 446) leaves. Among the teachers, there was a predominance of males (54%), with an average age of 40.6 years and Standard Deviation (SD) of 6.98 years, the majority have a master's degree (40%) and are married (69%). The ATEs, most of them, are female (68%), have an average age of 37.5 years and SD of 7.73 years, mostly with specialization degree (58%) and married (64%).For data collection, three instruments were used: a questionnaire regarding socio demographic, occupational and regional factors, which evaluates from gender, age, educational level of participants to the year in which they needed medical leave and whether environmental factors characteristic of Tocantins State, such as relative humidity, temperature, fires, had an influence on it; Social Readjustment Scale, which analyzes external stressors, that is, the SPLE that the employees were experiencing at the time of sick leave; and International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), which classifies the respondent between sedentary and sufficiently active, in addition, a question that addresses the respondents' body mass index (BMI), which classifies them as underweight, adequate weight, overweight and obese, was included in this questionnaire, according to the classification recommended by the World Health Organization (WHO).The results revealed, in Pearson's correlation (r) and linear regression (r2), positive correlations and with strong dependence between the variables. As for SPLE, each category was assessed separately, according to Savoia's division (1999), the results revealed that teachers and ATEs had a very strong relation in the following categories: personal difficulties, (r = 0.99, r2 = 0.98 ) and(r = 0.99, r2 = 0.98); family, (r = 0.99, r2 = 0.98) and (r = 0.96, r2 = 0.92); and work, (r = 0.99, r2 = 0.98) and (r = 0.95, r2 = 0.90), respectively. Regarding environmental factors, teachers showed a very strong correlation (r = 0.99, r2 = 0.98) and ATEs a strong relation (r = 0.93, r2 = 0.86); the level of physical activity presented by the employees who participated in the research and the leaves showed a very strong relation (r = 0.98, r2 = 0.96) for both teachers and ATEs. The relation between sick leave and overweight/obesity also showed a very strong correlation (r = 0.99, r2 = 0.98) for teachers and ATEs (r = 0.98, r2 = 0.96).According to data from the literature and the correlations carried out in this study, the SPLE, regional factors specific to the Tocantins State and physical inactivity can contribute to the development of diseases and they are factors that need a special look from the government. Preventive measures must be taken aiming at the totality of the individual and not only the work environment, as currently approached by many surveys and quality of life at work (QWL) programs. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/2455 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Ciências do Ambiente |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Cláudia Gomes Pacheco de Souza - Dissertação.pdf | 1.6 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.