Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/1785
Autor(a): Silva, Adriano Alves da
Orientador: Demarchi, André Campanha
Título: Graffiti, Comunicação e Antropologia da arte: os indígenas no spray de cranio e raiz
Palavras-chave: Graffiti; Indígena; Comunicação; Agência, Imagem; Indigenous; Communication; Agency; Image
Data do documento: 3-Dez-2019
Citação: SILVA, Adriano Alves da. Graffiti, Comunicação e Antropologia da arte: os indígenas no spray de cranio e raiz. 2019. 183f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Sociedade) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade, Palmas, 2019.
Resumo: O espaço urbano como arena de conflitos sociais e disputas identitárias, traz consigo o graffiti como uma das expressões de arte que eclodem como vozes nas cidades polifônicas. Dentre estas vozes, a temática indígena, que em função de discursos colonizadores, quando não são apagadas ao silenciamento, são usualmente propagadas de forma pejorativa, coadunando com estigmas e estereótipos. A trajetória da exposição da imagem dos povos originários é marcada por complexidades que contribuem significamente na forma com que se percebem e são percebidos. O objeto deste estudo vem a ser a análise da imagem indígena presente no graffiti de dois artistas, Cranio e Raiz, respectivamente. Entender sobretudo, como são expostos à livre fruição visual dos indivíduos nas cidades, bem com, os possíveis desdobramentos destas interações. A partir de um cruzamento entre os saberes da Comunicação e da Antropologia, são levantados pressupostos e métodos de análise da imagem como suporte narrativo capaz de ultrapassar a sua enunciabilidade linguística forjando assim identidades. Da comunicação, trago a Análise do Discurso de matriz francesa, embasada na intericonicidade de Courtine (2003), da antropologia da arte, embasado no que coloca Gell (2018), Lagrou (2007) e Demarchi (2013), trago os conceitos de agência, armadilhas e quimeras. São conceitos que advogam a existência da ação social da obra de arte como fenômeno coletivo distribuído. A análise comparativa dos artistas apontou para coincidências na trajetória de aprendizagem e antagonismos na forma como apresentam a imagem indígena em seus trabalhos. Por um lado, colaboram com a desconstrução de discursos opressores, por outro, correm o risco de reforçarem tais discursos, dada a polissemia de interpretações que a imagem é capaz de causar. Na fatura deste trabalho, Cranio busca estratégias de espelhamento e contra-intuitividade a partir da representação híbrida de seu personagem, fato que insere o indígena como um integrante da sociedade. Raiz busca a representação indígena marcando as diferenças. O que favorece a ideia de multiplicidade étnica. Em ambos os casos, trazem a discussão sobre o lugar do sujeito indígena na sociedade, contrariando o discurso do apagamento ideológico. E isso por si já é significativo.
Abstract: Urban space as an arena of social conflicts and identity disputes, brings with it graffiti as one of the art expressions that emerge as voices in polyphonic cities. Among these voices, the indigenous theme, which due to colonizing discourses, when they are not erased by silencing, is usually propagated in a pejorative manner, matching with stigmas and stereotypes. The trajectory of the image exposure of the original peoples is marked by complexities that contribute significantly to the way they perceive and are perceived. The object of this study is to analyze the indigenous image present in the graffiti of two artists, Cranio and Raiz, respectively. Understand, above all, how they are exposed to the free visual enjoyment of individuals in cities, as well as the possible consequences of these interactions. From a cross between the knowledge of Communication and Anthropology, assumptions and methods of image analysis are raised as a narrative support capable of surpassing its linguistic enunciability thus forging identities. From the communication, I bring the French Discourse Analysis, based on Courtine (2003) intericonicity, the anthropology of art, based on what Gell (2018), Lagrou (2007) and Demarchi (2013) put, the concepts of agency , traps and chimeras. These are concepts that advocate the existence of the social action of the work of art as a distributed collective phenomenon. The comparative analysis of the artists pointed to coincidences in the learning path and antagonisms in the way they present the indigenous image in their works. On the one hand, they contribute to the deconstruction of oppressive discourses; on the other, they run the risk of reinforcing such discourses, given the polysemy of interpretations that the image is capable of causing. In the making of this work, Cranio seeks strategies of mirroring and counterintuitiveness from the hybrid representation of his character, a fact that inserts the indigenous as a member of society. Root seeks indigenous representation by marking the differences. Which favors the idea of ethnic multiplicity. In both cases, they bring the discussion about the place of the indigenous subject in society, contradicting the discourse of ideological erasure. And that in itself is already significant.
URI: http://hdl.handle.net/11612/1785
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