Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/167
Autor(a): Calafate, Jaqueline Medeiros Silva
Orientador: Parente, Temis Gomes
Título: O “instinto materno” como uma construção de gênero: discussões sobre o desejo de amamentar
Palavras-chave: Amamentação;Feminismo;Gênero;Política pública
Data do documento: 28-Nov-2014
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Programa: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
Citação: CALAFATE, Jaqueline Medeiros Silva. O “instinto materno” como uma construção de gênero: discussões sobre o desejo de amamentar. 2014. 119f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Palmas, 2014.
Resumo: Considera-se que a gravidez e o parto são processos sociais por envolverem família e comunidade, mas especialmente singulares por ser a experiência mais individual que uma mulher pode ter. No entanto, tem sido enfatizada como um processo predominantemente biológico onde é valorizada unicamente sua condição patológica apesar dos esforços e investimentos em humanização do SUS nos últimos anos. Nessa perspectiva pode-se pensar em como as questões de gênero perpassam a construção de políticas públicas maternoinfantis, ficando evidente a dificuldade de desvincularem o estereótipo da mulher instintivamente mãe e, portanto, capacitada a dar conta de tudo que advém de uma gestação. Não se pode deixar de observar que as mudanças ocorridas no Sistema Único de Saúde - SUS referentes ao parto e puerpério foram marcadas pela aniquilação do direito da mulher sobre o corpo, institucionalizando a relação mãe/bebe. Tal interferência constante tem contribuindo para a exclusão da participação de mulheres na elaboração das mesmas resultando em práticas e políticas patriarcais. Como é o caso da política de aleitamento materno que, apesar de ter sido responsável por colaborar com a diminuição do desmame precoce, tem, se apropriado do corpo da mulher através da obrigatoriedade com que é manejada nos Hospitais Amigos da Criança tirando o direito de escolha da puérpera. Dessa maneira, este trabalho buscou discutir a prática do aleitamento materno como um constructo social e de gênero constratando ao que se entende comumente por comportamento natural e/ou instintivo. Acredita-se que falar em humanização no aleitamento requer antes de qualquer coisa o reconhecimento da individualidade do atendimento a gestante permitindo o estabelecimento de um vínculo único, possibilitando uma relação menos desigual e autoritária, devolvendo a mulher à autonomia sobre o seu corpo e sobre o processo que se sente mais apta a viver.
Abstract: It is considered that pregnancy and childbirth are social processes involved family and community, but especially unique for being the individual experience a woman can have. However, it has been emphasized as a predominantly biological process which is only valued his pathological condition despite the efforts and investments in SUS humanization in recent years. From this perspective one can think about how gender issues permeate the construction of maternal and child public policies, evidencing the difficulty of severance the stereotype of women instinctively mother and therefore able to account for everything that comes from pregnancy. It must be noted that the changes in the Health System - SUS related to delivery and postpartum period were marked by the annihilation of the right of women on the body, institutionalizing the mother/baby. This constant interference has contributed to the exclusion of women's participation in their development resulting in patriarchal practices and policies. As is the case of breastfeeding policy that, despite being responsible for supporting the reduction of early weaning, has appropriated the women's body through the obligation that is managed in hospitals baby-friendly making the right choice the puerperal woman. Thus, this study aimed to discuss the practice of breastfeeding as a social construct and gender constratando to what is commonly understood by natural behavior and / or instinctive. It is believed that speaking in humanization lactation requires first of all the recognition of the individuality of care for pregnant women allowing the establishment of a single bond, allowing a less unequal and authoritarian relationship, returning the woman to autonomy over their bodies and the process that feels more able to live.
URI: http://hdl.handle.net/11612/167
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