Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/11612/1362
Autor(a): Monte, Carina Géssika Irineu do
Orientador: Parente, Temis Gomes
Título: Economia doméstica: atuação profissional em assistência técnica e extensão rural na perspectiva de gênero
Palavras-chave: Economia Doméstica; Assistência técnica e extensão rural; Gênero; Home Economics; Technical assistance and rural extension; Gender
Data do documento: 17-Mai-2019
Editor: Universidade Federal do Tocantins
Programa: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional - PPGDR
Citação: MONTE, Carina Géssika Irineu do. Economia doméstica: atuação profissional em assistência técnica e extensão rural na perspectiva de gênero.2019. 144f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Palmas, 2019.
Resumo: Esta pesquisa propôs analisar as práticas desempenhadas por profissionais de Economia Doméstica atuantes na Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) no Tocantins, na perspectiva de gênero, a fim de analisar se há ou não um reforço das relações de gênero em suas atividades desempenhadas. Este estudo partiu da hipótese de que: a atuação profissional nos dias atuais perpassa por questões estruturais do gênero, enfatizando-se a mulher enquanto ser social que trabalha com temáticas voltadas aos serviços domésticos, às criança e à família, ideias essas difundidas como característica a partir da criação do curso no Brasil, não sendo possível sua ruptura no contexto atual. Bem como, considera-se que a trajetória durante a graduação e experiências profissionais antes da inserção das profissionais no Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins), iria moldar as práticas das economistas domésticas entrevistadas. Para isso, utilizou-se da metodologia da história oral, na qual foram registradas narrativas, memórias e subjetividades de quatro profissionais com cargo de extensionista rural, formadas em Economia Doméstica, atuantes no Ruraltins. Para além das entrevistas, o estudo contou com fontes documentais escritas, envio de questionários via e-mails às empresas de ATER pública do Brasil e para as coordenações dos cursos de Economia Doméstica que ainda disponibilizavam o curso de graduação, objetivando realizar um pano de fundo sobre o tema. Diante das narrativas, percebeu-se que as economistas domésticas se colocavam em constantes comparações com outros/as profissionais, de modo a perceber que, por mais que estejam no espaço público/no mercado de trabalho, representações de gênero ainda permeiam o que homens e mulheres “devem” fazer, bem como, os lugares sociais de cada um/a; geralmente, remetendo-as ao espaço interno, fechado, vigiado do órgão, executando atividades administrativas, enquanto que os homens tendem a participar e representar os espaços externos e abertos, de visibilidade. Desse modo, análises das narrativas indicaram que a escolha da formação, sua trajetória profissional e do próprio ambiente de trabalho tiveram influencias marcadas pelas questões de gênero, resultando numa desigualdade de relação de poder entre os gêneros. Nota-se, então a necessidade de visibilizar, valorizar e reconhecer os trabalhos realizados pelas profissionais, já que as necessidades do público atendido, bem como, para o funcionamento do Instituto não se reduzem a bens e serviços, apenas, mas também às questões administrativas, de bem-estar, cuidados, afetos, relações sociais, acesso a informações e políticas públicas. Bem como, contribuições para o processo de auto-organização dos grupos/associações, incentivo como sujeitos políticos, fortalecimento da autonomia dos sujeitos, dentre outros aspectos nem sempre possíveis de quantificar. Assim, a perspectiva de gênero, neste estudo, permitiu analisar e compreender as características que as economistas domésticas têm vivenciado de maneiras específicas, semelhantes e diferentes, a partir das complexas e diversas relações sociais que ocorrem entre os gêneros, nos conflitos institucionais e cotidianos que enfrentam em seus locais de trabalho.
Abstract: This research had as a goal to analyze the practices performed by Home Economics professionals working in Technical Assistance and Rural Extension (TARE) in Tocantins, from a gender perspective, in order to analyze whether or not there is a reinforcement of gender relations in their activities. This study has started from the hypothesis of that: the professional activity nowadays is going through an structural issues of the gender, emphasizing the woman as a social being who works with themes related to household chores, to children and to family, ideas which are widespread as a characteristic from the course creation in Brazil, not being possible to stop it in the current context. As well, it is considered that the trajectory during the graduation and professional experiences before the insertion of the professionals in the Rural Development Institute of the State of Tocantins (Ruraltins), it will shape the practices of the home economists interviewed. For this, it was used the methodology of oral history, in which recorded were narratives, memories and subjectivities of four professionals with a rural extensionist position, graduated in Home Economics, working at Ruraltins. In addition to the interviews, the study counted on written documentary sources, sending questionnaires via e-mails to the public TARE companies in Brazil and to coordinations of the courses of Home Economics that still provided the undergraduate course, aiming to make a background on the theme. In the face of the narratives, it has been observed that home economists have been in constant comparisons with other professionals, in order to realize that even though they are in the public space/the labor market, gender representations still permeate what men and women "must" do, as well as, the social places of each ones; usually, by sending them to the internal, closed, monitored space of the institution, performing administrative activities, while men tend to participate and represent outer and open spaces of visibility. Thus, analyzes of the narratives indicated that the choice of the graduation, its professional trajectory and the work environment itself were influenced by the gender issues, resulting in an unequal power of relationship between the genders. It is therefore necessary to make visible, value and recognize the work done by the professionals, since the needs of the public served, as well as for the operation of the Institute, are not limited to goods and services, only, but also the administrative issues, well-being, care, affection, social relations, access to information and public policies. As well as, contribution to the process of self-organization of groups/associations, encouragement as political subjects, the strengthening of the autonomy of the subjects, among other aspects not always possible to quantify. The gender perspective in this study allowed us to analyze and understand the characteristics that home economists have experienced in specific ways, similar and different, from the complex and diverse social relations that occur between the genders, in the institutional and daily conflicts that they face in their work places.
URI: http://hdl.handle.net/11612/1362
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