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http://hdl.handle.net/11612/4641
Authors: | Ribeiro, Tallyta Barros |
metadata.dc.contributor.advisor: | Rosa, Carlos Mendes |
Title: | A percepção da pessoa vivendo com o vírus da imunodeficiência humana quanto à presença do aluno no consultório médico |
Keywords: | Estudante de medicina; HIV; Consultório médico; Medicine student; Consulting room |
Issue Date: | 22-Mar-2022 |
Citation: | RIBEIRO, Tallyta Barros. A percepção da pessoa vivendo com o vírus da imunodeficiência humana quanto à presença do aluno no consultório médico.2022. 93f. Dissertação (Mestrado em Ensino em Ciência e Saúde) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Ensino em Ciência e Saúde, Palmas, 2022. |
metadata.dc.description.resumo: | Diante de algumas recusas de Pessoas Vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (PVHIV) quanto a presença do estudante de medicina no consultório médico, suscitou-se o desejo de compreender qual a percepção dos pacientes nestas situações, dentro de um Hospital de Ensino. Com os avanços científicos a aids hoje é considerada uma doença crônica com muitas questões subjetivas envoltas em seu diagnóstico e tratamento. Isso requer que os profissionais acolham de forma humanizada, favorecendo a formação do vínculo com o paciente e adesão deste ao tratamento, pactuados através da manutenção do sigilo. Objetivou- se, portanto, identificar quais os sentimentos emergem na PVHIV ao saber da presença do aluno no consultório médico e apresentar opções de melhoria do vínculo aluno-paciente-preceptor frente a essa recusa. Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa, com referencial fenomenológico e exploratória, que contou com a participação de dois pacientes. A pesquisa foi submetida a Plataforma Brasil e apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins. A análise dos dados gerou cinco categorias temáticas: a subjetividade do viver com HIV; o estigma e o preconceito da sociedade, dos alunos, dos profissionais e o meu próprio; o não consentimento; desconfiança aumentada depois do HIV e a importância da rede de apoio para a PVHIV. Os principais sentimentos relatados foram: o desconforto, o constrangimento, a vergonha, o medo de encontrar alguém conhecido e a desconfiança quanto ao sigilo das informações. As atitudes referidas diante dessa possibilidade foram o silêncio, o abandono do tratamento, o tentar esconder-se, pedir para ser atendido em outro espaço somente com a presença do médico, optar por dias e horários em que os alunos não estejam presentes e fuga para o serviço privado. Conclui-se que o paciente tem o direito de ser informado e de consentir ou não quanto a participação do aluno na consulta médica. Há uma constante necessidade educação em saúde na sociedade para a desconstrução de estigmas e preconceitos. São imprescindíveis as ações de educação permanente em serviço que trabalhem os temas de confidencialidade e do sigilo, assim como é importante que ao adentrar um hospital de ensino que o paciente receba esclarecimentos prévios, sobre o tipo de atendimento ali prestado. Que os aspectos subjetivos do conviver com HIV sejam priorizados nas estratégias de humanização do cuidado. Quanto à formação de novos profissionais médicos o ideal é que o ensino de ética aconteça na graduação de forma transversal ao longo do curso de medicina e que o aluno conheça os instrumentos legais relativos a suas atividades, mas acima de tudo que ele pratique a empatia. |
Abstract: | In face of some degree of refusal by People Living with the Human Immunodeficiency Virus (PLHIV) regarding the presence of medicine students in the consulting room, there came the desire to understand what was the perception of patients in these situations within a school hospital. With scientific advancements, AIDS is nowadays thought of as a chronic disease with many subjective issues around its diagnosis and treatment. This requires that professionals, upholding confidentiality, welcome patients in a humanized manner, favoring the building of a bond with them and their adherence to the treatment. It was aimed, then, to identify which feelings emerge in the PLHIV in learning about the student’s presence in the consulting room and present options of improvement in student- patient-preceptor bonds when it comes to this refusal. This is a qualitative approach research, with phenomenological and exploratory reference, that had two patients participate. The research was submitted to the Brazil Platform and approved by the Research Ethics Committee from the Tropical Diseases Hospital in Tocantins Federal University. Data analysis has brought up five thematic categories: the subjectivity of living with HIV; the stigma and judgment of society, students, professionals and my own; the lack of consent; the increased distrust after HIV; and the importance of a caring network for the PLHIV. The main reported feelings were: discomfort, embarrassment, shame, fear of meeting someone known and the distrust regarding information confidentiality. The actions that came up from this possibility were silence, quitting treatment, trying to hide, asking to be seen in another space with only the doctor present, opting for days and hours when the students are not around and escaping to private care. It is concluded that patients have the right to be informed and to consent regarding students’ participation in medical consultations. There is a persistent need for health education in society for the deconstruction of stigma and biases. Actions in permanent education in caring that promote the issues of confidentiality and secrecy are essential, as well as, when getting in a school hospital, that the patient receives previous information about the kind of service done there, and that the subjective aspects of living with HIV be prioritized in strategies for humane care. Regarding the formation of new medical professionals, the ideal is that ethics learning happens transversally throughout the graduation process in medicine schools and that the students get to know the legal tools of their trade, but, above everything else, that they practice empathy. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/4641 |
Appears in Collections: | Mestrado em Ensino em Ciência e Saúde |
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