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http://hdl.handle.net/11612/1577
Authors: | Parreira, Jordanna de Sousa |
metadata.dc.contributor.advisor: | Ghizoni, Liliam Deisy |
Title: | O trabalho em pauta: a fala das jornalistas sindicalizadas no Tocantins |
Keywords: | Violência Laboral; Escuta Clínica; Jornalistas; Narrativas; Trabalho; Labor Violence; Clinical Listening; Journalists; Narratives; Work |
Issue Date: | 4-Dec-2019 |
Citation: | PARREIRA, Jordanna de Sousa. O trabalho em pauta: a fala das jornalistas sindicalizadas no Tocantins. 2019. 151f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Sociedade) – Universidade Federal do Tocantins, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade, Palmas, 2019. |
metadata.dc.description.resumo: | Este estudo traz uma análise sobre uma escuta clínica do trabalho feita com jornalistas vinculadas ao Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (SINDJOR). O objetivo geral foi analisar as narrativas de um grupo de jornalistas do Tocantins acerca de suas vivências de prazer e sofrimento no trabalho. Os objetivos específicos foram: compreender se a nova morfologia do trabalho, influenciada ainda pelos aspectos da colonialidade, propicia a precarização do trabalho dos jornalistas; analisar as narrativas do grupo de Jornalistas participantes para averiguar a psicodinâmica do trabalho (Organização do Trabalho, Tipos de Sofrimento, Formas de Ação/Mobilização); e levantar quais as destinações que os jornalistas participantes do grupo dão ao prazer e ao sofrimento vivenciados nas suas rotinas de trabalho. Tendo como referência teórico-metodológica a Psicologia e a Comunicação. A psicologia esteve presente através do olhar teórico da Psicodinâmica do Trabalho de Dejours (1992) que apresenta uma forma de olhar as relações de trabalho e o sofrimento psíquico inerente a essas relações, demonstrando que prazer e sofrimento no trabalho são indissociáveis. Como método deste eixo utilizou-se a Escuta Clínica do Trabalho de Mendes (2014) que se desdobra em três eixos: Dispositivos Clínicos (análise da demanda, transferência e interpretação); Formação do Clínico e Supervisão. Como forma de análise e preparação das sessões pelo coletivo de pesquisa utilizou-se a Análise Clínica do Trabalho de Mendes e Araújo (2012) que descreve como fazer a Análise da Psicodinâmica do Trabalho através dos seus três eixos: Organização do Trabalho; Mobilização Subjetiva; e Sofrimento, defesas e patologias. Pela Comunicação utilizou-se do binômio comunicação-trabalho de Fígaro (2008) que subsidia o estudo nas relações comunicacionais essenciais ao trabalho. Como método neste eixo, buscou-se o arcabouço da Análise das Narrativas de Mota (2013) para compreender os relatos colhidos durante as sessões, pois o mesmo proporciona a liberdade e a criatividade do pesquisador ao analisar os fenômenos que estão sendo investigados. Como Resultados obtivemos a participação de 6 jornalistas do sexo feminino, que estão no mercado de trabalho há mais de 4 anos. Todas as participantes relataram ter sofrido algum tipo de violência no desempenho de sua função e quatro delas relataram que já tiveram interesse de deixar a carreira de Jornalista. Quanto ao estado de saúde, todas as participantes relataram sentir desconfortos. Os sintomas com maior incidência foram: Sentimentos de tensão e Desânimo com 66% cada. As sessões ocorreram semanalmente de 14 de março a 25 de julho, totalizando 11 sessões. Como parte do método, ocorreu também uma devolutiva as participantes e uma avaliação após conclusão dos encontros. Conclui-se, pelas narrativas analisadas, que o sofrimento no trabalho tem sido internalizado e enfrentado de forma individual com recursos internos e, quando muito, compartilhado com poucas pessoas com uma forma de desabafo, mas que muitas vezes são reprimidas por elas como uma forma de defesa ou pelas pessoas externas. Nota-se que os relatos de violência laboral institucionalizada estiveram presentes em todas a sessões. As fontes de prazer, estão sendo questionadas e muitas vezes ignoradas pelo processo de adoecimento. |
Abstract: | This study provides an analysis of a clinical listening of the work made with journalists linked to the Tocantins Journalists Union (SINDJOR).The general objective was to analyze the narratives of a group of journalists from Tocantins about their experiences of pleasure and suffering at work. The specific objectives were: to understand if the new work morphology, still influenced by the aspects of coloniality, allows the precariousness of journalists work; analyze the narratives of the group of participating journalists to ascertain the psychodynamics of work (Work Organization, Types of Suffering, Action / Mobilization forms); and to identify what destinations the participating journalists of the group give to the pleasure and suffering experienced in their work routines. Having as theoretical and methodological reference the Psychology and the Communication. Psychology was present through the theoretical view of Dejours' Work Psychodynamics (1992), which presents a way of looking at work relations and the inherent psychic suffering in these relationships, demonstrating that pleasure and suffering at work are inseparable. As a method of this axis we used Mendes' Clinical Work Listening (2014) that unfolds in three axes: Clinical Devices demand analysis, transference and interpretation; Clinician Training and Supervision. As a form of analysis and preparation of the sessions by the research collective we used Mendes' and Araújo's Clinical Work Analysis (2012) which describes how to do the work psychodynamic analysis through its three axes: Work Organization; Subjective Mobilization; and Suffering, defenses and pathologies. Through Communication we used Figaro's binomial communication-work (2008) that subsidizes the study in communicational relationships essential to work. As a method in this axis, we sought Mota's Narrative Analysis framework (2013) to understand the reports collected during the sessions, because it provides the freedom and creativity of the researcher by analyzing the phenomena that are being investigated. As a result we had the participation of 6 female journalists who have been in the job market for more than 4 years. All participants reported having suffered some kind of violence in the performance of their duties and four of them reported that had already had an interest in leaving the career of journalist. Regarding health status, all participants reported feeling discomfort. The symptoms with the highest incidence were: feeling of tension and discouragement with 66% each. The sessions took place weekly from March 14th to July 25th, totaling 11 sessions. As part of the method, there was also a feedback from the participants and an evaluation after the conclusion of the meetings. It is concluded from the analyzed narratives that suffering at work has been internalized and faced individually with internal resources and, at most, shared with a few people as a form of outburst, but often repressed by them as a form of defense or by external people. It is noted that reports of institutionalized labor violence were present in all sessions. The sources of pleasure are being questioned and often ignored by the illness process. |
URI: | http://hdl.handle.net/11612/1577 |
Appears in Collections: | Mestrado em Comunicação e Sociedade |
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